Tradutor

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Ajudando Professores de Escola Bíblica Dominical a Preparar um plano de Aula



www.prcezarcarrijo.blogspot.com Pr. Cézar Carrijo

Preparo de Aula – para Escola Bíblica Dominical



Auxílio aos professores de classes jovens ou adultos

Este material visa contribuir para a orientação dos professores de Escola Bíblica Dominical. Longe da pretensão em exaurir completamente o tema, mas diante da necessidade em investirmos na área educacional religiosa.

Em primeiro lugar o professor precisa compreender que alunos são "argilas" a serem moldadas, objetivando a formatação de um "vaso". A beleza do vaso não é garantida apenas pela qualidade do barro, mas sim pela habilidade do oleiro em manusear o barro.

Na intenção de ser sucinto, preferi organizar por tópicos, que facilitará o direcionamento e o esboço de cada aula preparada.

1. LER A LIÇÃO (Inclusive todas as referências bíblicas). Mesmo que talvez o assunto seja amplamente conhecido. Se possível utilize mais de uma tradução da bíblia (Evite o "vício" das notas de rodapé)

2. INTERIORIZAR O OBJETIVO GERAL

Ex. Se o músico não conseguir identificar o "tom" de uma música, será insuficiente e desnecessária conhecer todos os acordes

- Se o assunto proposto não for interioriza, dificilmente poderá ser explanado com habilidade.

3. IDENTIFICAR OS OBJETIVOS ESPECÍFICOS

É uma tarefa que parte do bojo universal para os "recipientes" específicos.

4. PREPARAR A INTERAÇÃO COM OS ALUNOS

- É preciso conhecer por antecipado o nível de idade, e conhecimento da classe (Cada público exige um tipo de linguagem, e ao professor compete identificar)

- Preparar uma dinâmica, que pode ser um exercício interativo, uma manchete de jornal, um acontecimento recente, um teatro improvisado.

- Se decidir pelo uso de "ilustrações"; estas devem ser bem escolhidas, para evitar constrangimentos (Nunca se deve escolher uma ilustração, ou anedota, pelo simples humor, mas sim, se ela por si só contribuirá para elucidar ou confirmar uma verdade a ser ensinada)

- O uso do quadro branco, cartazes, flanelógrafos ou Slides, são ferramentas imprescindíveis para o bom aproveitamento no aprendizado.

5. O PREPARO DA INTRODUÇÃO
 
www.prcezarcarrijo.blogspot.com Pr. Cézar Carrijo
 



- A introdução é o "hall" de entrada para a aula. Qualquer "móvel" desnecessário neste hall comprometerá toda a funcionalidade da aula.

- Não ceda à "tentação" de expor a lição em apenas 5 minutos (tempo apropriado para uma introdução)

- Não "invente" uma introdução diferente da proposta na revista, pois poderá comprometer a expectativa em alcançar os objetivos específicos. (As "invenções pessoais", são bem vindas apenas na Interação).

- A partir da introdução todos os pontos precisam ser abordados com sincronia. Assim como a habilidade nas mudanças de marcha de um automóvel revela a perícia do seu condutor, a habilidade na mudança dos tópicos revela um exímio professor.

6. DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO DISTRIBUÍDO POR TÓPICOS OU SUB-TÓPICOS

- Quando o professor prepara o esboço da aula distribuído em tópicos, beneficia-se de segurança na condução do assunto em pauta, e contribui para a melhor assimilação por parte dos alunos

- O professor que lê, ou pede para alguém ler a lição toda, ou partes muito longas, prejudicará grandemente a percepção dos alunos, e ainda criará um clima de enfado e desatenção, consequentemente, horas de estudo ficarão imensamente inutilizadas.

- Quando o professor precisar de participação de um aluno(a), lendo partes da revista, deverá especificar alguém que faça uma leitura nítida, bem pontuada, com voz eficiente; pois do contrário esta participação será um desserviço à aula.

Exemplo: A diferença entre "am" e "ão". Na expressão "SERVIRAM O CAFÉ", o verbo aponta para um fato passado ou imediato), enquanto "SERVIRÃO O CAFÉ", apresenta um fato ainda não ocorrido.

- Toda leitura bíblica participativa, ou citada pelo professor no decorrer da lição deve vir endossada por uma explicação ou aplicação, do contrário ela se torna desnecessária ou confusa.

- As perguntas feitas aos alunos no decorrer da lição devam ser indutivas, e não de cunho sentimental.

- O professor não deve ser prolixo, com a intenção de impressionar os seus alunos. A linguagem quando rebuscada deve ser explicada dentro do contexto de assimilação da classe. A exemplo, quando citarmos alguma palavra das línguas originais da bíblia, devem ser os vocábulos acompanhados de sua respectiva aplicação dentro do contexto, costumes da época, geografia, história, etc…

- Quando o assunto em pauta abordar fatos negativos, devem estes ser expostos primeiro, vindo em seguida dos fatos positivos.
 
- O professor deve ser altamente disciplinado na organização dos tópicos, do tempo e sua didática, para não incorrer no erro de "atropelar" tópicos, comprometendo o desenvolvimento da aula, e o www.prcezarcarrijo.blogspot.com Pr. Cézar Carrijo



que é mais grave: "Colocar a culpa pela sua desorganização, no relógio".

- As "experiências pessoais" ou de participantes devem ser rigorosamente escolhidas, e necessariamente possuir um aporte de aplicação bíblica.

7. A CONCLUSÃO (É semelhante ao acabamento de uma casa)

- Uma boa casa não é valorizada apenas por um bom alicerce, ou impecabilidade na aprumação das paredes. A qualidade do acabamento traz um "superávit" aquilo que preparamos.

- A conclusão não é uma parte insignificante da aula. O preparo da conclusão é tão exigente quanto a introdução e desenvolvimento.

- A conclusão quando bem formatada levará o aluno a interiorização do assunto e, consequentemente à sua aplicação.

- A conclusão pode ser intimidatória ou motivadora. O que não significa dizer que ela é afrontadora ou descomprometida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

- O "dom" de Ensino não isenta o professor de cultivar uma vida de oração, de leitura e meditação bíblica, de pesquisas e atualizações.

- É uma arte muito exigente. A "palavra de cabeçeira" do professor é a dedicação.

- Os alunos saberão retribuir a sua dedicação. E se isso por si só não fosse suficiente ainda tens uma recompensa eterna (1 Co 15.58).

- Todas as fontes extrabíblicas, como tradições, os historiadores, reportagens, autores, livros, frases, precisam ser evidenciadas com os respectivos créditos bibliográficos. Tal cuidado traz credibilidade ao ensino.

- As palavras do Apóstolo Paulo revelam o "tom" do ministério que Jesus, o maior de todos os mestres, ocupou a maior parte do seu tempo. "Se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.7)

Fraternalmente

Pr. Cézar Carrijo

Inverno 2015 - Brasil
 




O plano de Deus vai até o final. Deus te abençoe e guarde.

Pr. Cézar Carrijo e Missª Gláucia Carrijo

Pr. Cézar Carrijo e Missª Gláucia Carrijo

Mensagens populares

Me esforço para parecer com Jesus